quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Uma Questão de Identidade

Uma Questão de Identidade  (Tito 2:11-13)

            Nossa Qualificação:   “Povo Especial”

Deus é Santo, isto é, “separado”, e o seu povo também é separado. Quando Ele escolheu um povo para o seu serviço sacerdotal, Ele o fez singularizando um homem, Abraão, que foi chamado “para fora” do mundo em que vivia à sua época. Abraão deixou a casa de seu pai, as suas terras, e partiu para o invisível (uma terra que Deus lhe iria mostrar).
Nasceu Israel, peregrinou no Egito, 430 anos, onde tinha se tornado escravo, até que Deus o libertou das mãos de Faraó, para através de Israel, fazer conhecidas as suas obras a todos os povos da terra. Em Deuteronômio 7:6, lemos: “Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que sobre a terra há”.
Porque Israel é um povo especial para Deus?
“Primeiramente as Palavras de Deus lhe foram confiadas” (Rom. 3:2b).
Por eles veio a adoção de Filhos (para Deus, em Jesus Cristo, o maior dos Israelitas), e a glória, e os concertos, e a Lei, e o culto, e as promessas (Rom. 9:4).
            Porque nós (a Igreja),  somos chamados de “povo especial”? Porque fomos enxertados neles (através de Cristo). Embora a Igreja seja formada na sua maioria de gentios, não nos esqueçamos de que ela se iniciou com judeus, e somente mais tarde, o Evangelho se expandiu para os gentios. A ordem de Jesus aos discípulos foi: “Ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel”. Quando uma árvore frutífera é enxertada a uma outra, prevalece a qualidade do tronco, a principal. A Palavra de Deus nos diz que éramos zambujeiros (azambujeiros), isto é, éramos oliveira brava, e fomos enxertados na boa oliveira, Israel, e assim a qualidade da verdadeira oliveira passou a dominar em nós. O velho homem, os velhos costumes, foram substituídos pela nova criatura, adotada como filho de Deus.
“Vós me sereis povo santo (separado)”. Era ordem de Deus, que o povo de Israel, ao entrarem a possuir a terra da Palestina (Canaã), não fizesse uso dos costumes do povo da terra, porque Deus não aprovava tais costumes. A nós é dito: “Não vos conformeis com este mundo”, isto é, não andeis em conformidade com este mundo. “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há; se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele, porque o mundo passa e a sua concupiscência (cobiça, desejos de bens materiais; vaidades, etc.). Deus nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”.

2.         A LUZ DO MUNDO.        O senhor Jesus mesmo foi quem disse que nós somos a “luz do mundo”, e não se pode esconder a luz. É fácil identificar a luz. Ela não se oculta, é bem visível, é separada das trevas, onde chega as trevas fogem. Como pois, podemos concordar com as obras das trevas? Deus exige de nós: “Sede santos (separados), mas nós não queremos viver separados do mundo, queremos nos misturar, para parecer que tudo é igual, nada difere, a diferença, dizemos, está no coração. Esta não é a verdade, pela árvore se conhece os frutos. Como pode, um cristão, filho de Deus, regenerado pelo Espírito Santo, a luz do mundo precisar se ocultar para que não se identifique entre a luz? “Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor (2Co. 3:18).

3.         A CARTA DE CRISTO
Somos a Carta da Cristo, escrita e lida por todos os homens (2Co. 3:2, 3); somos o bom cheiro de Cristo (2Co. 2:15). Não adianta tentarmos, como o apóstolo Pedro, negar nossa identidade. Como poderemos dizer: “não conheço esse homem?”, Pedro, a tua fala te denuncia. Não somente a fala de Pedro, mas o seu jeito, o seu vestir, o seu andar, o seu modo de ser, indicavam que ele havia andado com Jesus.

4. A SEMELHANÇA DE CRISTO. Qual é a nossa identidade? A semelhança de Cristo em nós, deve ser a nossa identidade principal.Os discípulos foram chamados de cristãos, precisamente pela semelhança de Cristo que havia neles. O Espírito Santo estava neles. O Espírito Santo é a verdadeira semelhança de Cristo em nós, e por isso Ele quer moldar nossa vida à sua semelhança.
Prezados irmãos, se o Espírito Santo está em nós, vive em nós, faz morada em nós, então somos o templo do Espírito Santo, e não precisamos nos cobrir com a “tenda mundana”. Se somos a carta de Cristo, devemos ser uma carta “sem rasuras” sem manchas, para que o mundo possa ler e ver Cristo em nós. Se temos a semelhança de Cristo, devemos retratar o seu caráter, a sua simplicidade, a sua humildade, a sua obediência   (v. 2Co. 11:2,3).
Se temos a mente de Cristo, certamente vamos pensar nas coisas que são de cima: O reino de Deus, a Vida eterna, e não nas coisas terrenas, perecíveis, passageiras.
Assim, a nossa identidade será reconhecida, poderemos dizer como Paulo: “Eu sei em quem tenho crido”. As fantasias do mundo, jamais poderão roubar a bênção da glória celeste que Deus tem para os filhos seus. 

5. A NOSSA LINGUAGEM:
Certa vez, nos tempos dos Juizes, houve uma peleja entre duas tribos de Israel: Gileade e Efraim. Jefté julgava Israel, e os efraimitas declararam guerra a Gileade, tribo à qual pertencia Jefté. Então, Gileade fez prisioneiros a alguns efraimitas, que para fugirem queriam se passar por gileaditas. Então para identifica-los, lhes foi imposta a seguinte condição: se eles fossem dos de Gileade, deveriam falar: “chibolete”. Porém, não conseguiam pronunciar corretamente, e falavam “sibolete”, e assim eram degolados, porque não possuíam a verdadeira identidade., não conseguiam se identificar.

  1. – RESUMO  (O EXEMPLO DE JEÚ):
“Se o teu coração é igual ao meu, dá-me a mão, e meu irmão serás” (ver  1Reis 10:15-28).

Pr. Artur Gabriel de Oliveira

e-mail: arturgabrioli@gmail.com

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